MANUEL MARTINS VERAS, ULTIMO PRESIDENTE DA INTENDÊNCIA MUNICIPAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, NO PERÍODO DE 01 DE JANEIRO DE 1926 A 31 DE DEZEMBRO DE 1928), FOI DEPUTADO ESTADUAL E LÍDER PÓLÍTICO
Manuel Martins Veras, filho de Luciano Martins Veras e Cosma
Rodrigues Veras, nasceu em 18 de outubro de 1825 na fazenda Convento, freguesia
de São Gonçalo da Serra dos Cocos, município de Ipu, estado do Ceará. Aos
quatro anos de idade foi morar com os seus familiares na cidade de Campo
Grande, no médio oeste potiguar. Ele faleceu aos 66 anos na fazenda Poço Verde,
em Campo Grande.
Foi casado primeiramente com Cristina da Silva Saldanha,
ficando viúvo. Depois, casou-se com a irmã de Cristina, Joaquina da Silva
Saldanha com quem teve os filhos: Vicente de Paula Veras, Manoel Martins Veras
(Nezinho), Miguel Martins Veras (Major Migas), Luciano Martins Veras, Afra
Veras Lobo, Francisca Joaquina Veras, Maria Veras Barbosa (Maroca da Bola), Joaquim
Martins Veras (Quincas Veras) Joaquina Veras Saldanha e Cristina Veras Leite.
CORONEL DAS FORÇAS ARMADAS DO IMPÉRIO DO BRASIL
Manuel Veras era um homem inteligente, íntegro, rico e
corajoso. Isso fazia dele uma referência na política sertaneja. Ele foi um dos
maiores latifundiários e empreendedores no Rio Grande do Norte e Nordeste no
século XIX, dono de uma faixa de terra que começava dentro de um complexo de
serra que fazia divisa de Campo Grande/RN com o estado da Paraíba.
O livro “A História Continua – Saldanha & Veras e suas
ramificações”, de Francisco Galbi Saldanha, publicado pela Coleção Mossoroense,
narra que Manuel Veras “destacou-se com a criação de gado leiteiro da raça
Caracu e com a plantação em larga escala de algodão.”
Na política, foi um grande chefe, era comumente chamado de
“Comandante Superior”. Manuel Veras se destacou com o título de Coronel das
Forças Armadas do Império do Brasil, conferido pelo Imperador D. Pedro II. No
segundo momento, recebeu o título de Comandante.
Também recebeu os títulos de Comandante Superior das Forças
Armadas do Império; de Cavaleiro da Ordem da Rosa, criado em 1829 pelo
Imperador D. Pedro I para perpetuar a memória de seu matrimônio em segundas
núpcias com Dona Amélia de Leuchtenberg e Eischstadt.
Manuel Martins Veras foi o maior chefe político que Campo
Grande já teve. Quase todos os filhos foram intendentes/prefeitos no município.
ORIGEM DA FAMÍLIA VERAS
A família Veras tem a sua origem na região da península
itálica, mais precisamente no espaço central, onde se localiza a região do
Lácio. Depois, migrarem para Portugal e Espanha. Os Veras que têm forte
presença no Rio Grande do Norte, a partir da cidade de Campo Grande, são
provenientes de Viana do Castelo em Portugal. Aportaram no Ceará, por volta de
1788, por meio de Silvestre Rodrigues Veras, que se casou com Cosma de Araújo
Chaves. Ficara viúvo e contraiu segundo matrimônio com Eugênia Cardoso Barros.
Desse casamento nasceram Manuel Martins Veras, José Rodrigues Veras, Maria
Álvares Feitosa, Ana Rodrigues Veras, Lusia Rodrigues Veras e Cosma Rodrigues
Veras.
Fonte: Livro “A História Continua – Saldanha & Veras e
suas ramificações”.
FONTE – JORNAL DE FATO